quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Vingança: um prato que se come..!


 Muito tem-se falado e discutido sobre esse sentimento que tem espaço privilegiado na mídia em histórias de mocinhos e bandidos. Mas será que sabemos o que a vingança significa? É normal sentir vontade de vingar-se? E como lidar com esse sentimento tão peculiar?
A vingança é, na maior parte das vezes, um sentimento visto como destrutivo, imoral e causador de muita culpa. No entanto, sabe-se muito bem que qualquer ser humano já experimentou ou ainda vai experimentar essa sensação, vontade de fazer sua própria justiça, vontade de lesar alguém que lhe causou algum tipo de constrangimento ou dor.
Para Michael McCullough, um psicólogo da Universidade de Miami, a melhor forma de entender a vingança não é como uma falha moral ou um crime, mas sim como um comportamento profundamente humano e por vezes muito funcional, isso porque, o sentimento de vingar-se pode ser um impedimento para o comportamento ruim, e ainda traz sentimentos de totalidade, preenchimento e conforto para quem sentiu-se lesado. Protegendo desta forma o aparelho emocional de cada individuo.
No entanto, a natureza de desejos dos seres humanos geralmente tende para o excesso. Aqueles que se sentem injustiçados normalmente exageram elaborando fantasias extravagantes de vingança, que podem levar à ações concretas. Por isso diz-se que pessoas que sentem-se socialmente rejeitadas são mais propensas a ver a reação alheia como hostil e tendem a se comportar mais agressivamente com pessoas que elas pouco conhecem.
O desejo de vingança pode ser comparado com uma espécie de fome, necessidade de preenchimento, entretanto, existe uma diferença significativa entre o desejo e fantasias de vingança com os atos concretos e ações direcionadas ao outro com o objetivo de prejudicá-lo. A maioria dos atos de vingança acontece em segredo, já que a maioria das pessoas não quer parecer vingativa, pelo valor social negativo que a vingança exerce na sociedade. 
O que acontece na maioria das vezes é que na intenção de machucar, ferir ou prejudicar alguém próximo, o indivíduo acaba transferindo inconscientemente o sentimento de vingança para si próprio, isto é, pessoas que tomam atitudes prejudiciais para si próprias para dessa forma atingir uma pessoa próxima. Geralmente, pessoas que sentem-se desprezadas por alguém querido ou envergonhadas por uma vulnerabilidade ou incapacidade pessoal, acabam direcionando fantasias vingativas contra si próprias até como uma forma de punição, auto-crítica exacerbada e masoquismo.
Para o psicólogo americano Robert Baron, o ideal seria destruir a vida da outra pessoa sem que ela saiba de nada, sem que ela perceba, isto quer dizer que, a vingança deve ser somente um sentimento para aliviar a tensão psíquica, e não uma motivação para a ação. Desta forma, o aparelho psíquico tem sua compensação na fantasia sem danos reais ao alvo que incitou o sentimento.
Portanto, o sentimento de vingança é absolutamente normal em qualquer ser humano, o que diferencia o normal do patológico é justamente a intensidade deste. Quando a intenção de vingar-se rouba boa parte do tempo de uma pessoa e quando esse sentimento chega a causar sofrimento e ansiedade, tornando-se obsessão, ai está na hora de buscar ajuda. Esta ajuda pode vir de pessoas próximas, mas principalmente através de um acompanhamento psicoterapêutico que dará o suporte necessário, sem julgamentos evitando novas crises.


Pamalomide Zamberlan
CRP: 07/18262
pamalomidez@yahoo.com.br

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Para saber mais...


Cada vez mais pessoas são acometidas de algum tipo de sofrimento psíquico, infelizmente crianças também estão incluídas neste dado. Tanto adultos como crianças passam por momentos que podem desencadear conflitos internos interferindo na realização das atividades diárias. Depressão, ansiedade, angústia, transtornos alimentares e distúrbios na aprendizagem são alguns dos sintomas manifestados que levam as pessoas a procurarem um atendimento psicológico.
A saúde mental é o estado de uma pessoa capaz de conhecer seus limites e amá-los. Ser psiquicamente saudável significa viver relativamente feliz consigo mesmo apesar das inevitáveis provas, experiências e restrições q a vida nos impõe. Portanto, o equilíbrio mental é reconhecível na medida em que mantemos a satisfação de agir tendo também a faculdade de acolher o inesperado e a ele nos adaptar. (NASIO, 2003)
Desta forma, a escuta do psicoterapeuta consiste em desemaranhar um conflito relacional balizando os acontecimentos da vida passada e atual que o provocaram. (NASIO, 2003) Desta forma o psicólogo clínico trabalha os quadros depressivos, fóbicos e outros que acabam interferindo no bem estar de crianças, adolescentes, adultos e também idosos.
O trabalho com crianças e adolescentes traz resultados muito satisfatórios na medida em que contribui para o aprendizado bem como para o relacionamento interpessoal dos mesmos, facilitando o entrosamento e prevenindo comportamentos  anti sociais e prejudiciais como o envolvimento com drogas e violência.


Pamalomide Zamberlan  CRP: 07/18262
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